para voltar ao princípio do mundo


sei de uma mulher
que penteava os cabelos ao sol
porque tinha no pensamento uma flor
*
sei que os lavava ao luar
porque tinha no coração uma corola
*
com a boca mordia o ar
e prendia os vestidos ao vento
*
era uma mulher sentada numa pedra
coroada por um lírio salgado na fronte
*
um dia
cortou os cabelos
atirando-os um a um ao mar
*
e disse: tece-me
*
e o mar inclinou-se para dentro
para tecer
*
*
o poema
*
*
maat in Arde o Azul


4 comentários:

  1. Os poemas da nossa querida amiga Maat são todos belìssimos.
    Este è espantoso, não acha?? mesmo belo.

    Um abraço sentido querida amiga.

    Pdta: Muito obrigado pelo MARAVILHOSO, SURPRENDENTE texto de Fernando Pessoa que deixou nos comentarios do meu Blog. Naturalmente publiquei, è simplesmente Luminoso esse texto.

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  2. Contagiada pela poesia de maat?!

    lindo! belíssimo!

    beijinho
    dia muito feliz querida!

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  3. Olá, Amiga!!!

    Já recebeu meus livros?

    Já os enviei há mais de uma semana.E foram registados...
    Beijinhos,

    ***maat

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  4. Amada Maat...

    Recebi seus livros,na sexta, não tive tempo de escrever-te, estou a degustá-los lentamente...

    beleza e profundidade....

    poemas de hereditariedade...

    beijo grande Amiga

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