Polvo de Estrellas



Jorge Drexler * Polvo de estrellas

¿Que hay en una estrella? Nosotros mismos.
Todos los elementos de nuestro cuerpo y del planeta
estuvieron en las entrañas de una estrella.
Somos polvo de estrellas.
ERNESTO CARDENAL, Cántico Cósmico

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GAZA: FIM DO MASSACRE, HORA DE PAZ

Assine a petição abaixo pedindo uma forte ação internacional que possibilite um cessar-fogo imediato em Gaza e que passos sérios sejam tomados para garantir um paz justa e duradoura na região.

https://secure.avaaz.org/po/gaza_time_for_peace/

Os Reis Magos



Gaspar era rei de Markash, o país de mar azul e praias brancas. Nele moravam homens e mulheres de pele clara, cabelos negros e olhos castanhos. Aos seus portos chegavam navios de todo o mundo que vinham para vender suas mercadorias exóticas. O comércio acontecia em todos os lugares, nos mercados das grandes praças e nas pequenas lojas de uma porta só, em vielas estreitas. Gaspar, da torre do seu palácio, contemplava tudo. Como rei ele deveria sentir-se feliz: todos lhe eram agradecidos e todos o amavam. Mas, a despeito de tudo isso, havia no seu coração uma tristeza incurável, nostalgia que mais doía quando o sol se punha sobre o mar incendiando as águas.Por mais que se esforçasse o rei não conseguia sorrir. Gaspar convocou então os seus sábios e expôs-lhes o seu sofrimento. Os sábios lhe disseram que o remédio para a tristeza é o conhecimento. “A ciência é uma fonte de alegria“, eles lhe disseram. O rei mandou então vir professores e cientistas de todo o mundo, importou livros, estabeleceu bibliotecas, montou laboratórios, construiu observatórios astronômicos. Por anos se dedicou à aprendizagem dos conhecimentos da ciência. Agora estava velho. Sabia tudo o que havia para ser sabido sobre o mundo. Mas a ciência não lhe trouxe alegria. Ele continuava sem saber sorrir.Era madrugada. A luz do sol já iluminava o horizonte. O rei já estava desperto. Na varanda do seu palácio ele contemplava os céus estrelados. Foi então que, olhando para o oriente, ele viu uma nova estrela, estrela que não se encontrava nos mapas dos céus que conhecia. Era uma estrela diferente porque, ao contemplá-la, ele ouvia uma música de indescritível beleza que o fazia feliz. E ele sorriu pela primeira vez. Deslumbrado, mandou vir os sábios que ainda dormiam, e mostrou-lhes a estrela. Mas os sábios, olhando na direção que o rei indicara, nem viram estrela e nem ouviram a música que ele dizia ouvir. Saíram, então, tristemente, convencidos de que o rei estava realmente velho. Os anos de senectude haviam chegado. Gaspar, indiferente à incredulidade dos sábios, ordenou que se preparasse um navio para uma grande viagem, na direção da estrela.Balt-hazar era rei da Núbia, país montanhoso onde moravam homens e mulheres de pele negra e brilhante. As montanhas da Núbia eram cobertas de vegetação luxuriante, árvores gigantescas, frutas as mais variadas, onde viviam pássaros de todos os tipos. Por todos os lugares se viam riachos de água limpa, com remansos e cachoeiras. Era um país belo e fértil. Balt-hazar, da janela do seu palácio, contemplava as montanhas e florestas que se perdiam de vista e pensava: “O Paraíso deve ter sido aqui...“Entretanto, e a despeito da beleza e da fertilidade da terra, o rei não era feliz. Havia uma tristeza no seu coração, tristeza que ficava mais forte quando os pássaros cantavam seus cantos de final de tarde. O canto deles era belo e triste: o coração do rei era belo e triste...O rei convocou os sacerdotes, videntes e profetas e falou-lhes sobre a sua tristeza. “De que me vale a beleza do meu país se o meu coração está triste?“, ele perguntou. Os homens santos lhe disseram que a tristeza era sinal de que sua alma estava distante de Deus. “Deus é uma fonte de alegria“, eles lhe disseram. Balt-hazar, então, mandou vir de terras longínquas, místicos e teólogos que lhe ensinassem os caminhos para Deus. Contratou também arquitetos e artistas para construir novos templos. E comprou os livros sagrados de todas as tradições religiosas do mundo. Por anos a fio ele se dedicou às coisas sagradas: leu, meditou, orou... Por fim, chegaram os anos da velhice. Balt-hazar conhecia tudo o que os homens sabem sobre os caminhos que levam a Deus. Mas o seu coração continuava triste, mais triste ainda quando os pássaros cantavam ao entardecer...Já era madrugada. Balt-hazar, como de costume, levantou-se para as orações. Ele orava olhando para os céus, morada dos deuses. Foi então que, olhando para o horizonte, no lugar do sol nascente, ele viu uma estrela que nunca havia visto. Ao redor dela havia um arco-íris. Mas o estranho é que, ao contemplá-la, ele ouvia uma música de enorme beleza, semelhante à beleza do canto dos pássaros ao entardecer. Só que, ao ouvi-la, seu coração não ficava triste. Ao contrário; era inundado por uma alegria que nunca experimentara.O rei mandou chamar os sacerdotes, místicos e profetas. “Vejam aquela estrela“, disse ele apontando para o horizonte. “E ouçam a música que sai dela!“ Os homens de Deus olharam na direção indicada mas nem viram estrela e nem ouviram música. Deixaram então o rei embriagado de alegria e comentaram, baixinho, entre si: “Nosso rei enlouqueceu. Isso quer dizer que o fim da sua vida está chegando...“ Balt-hazar, entretanto, mandou preparar cavalos para uma longa viagem, na direção da estrela.Mélek-hor era rei de Lagash, o país dos desertos e das areias sem fim. Lá viviam mulheres de olhos amendoados e homens rudes de barba espessa. A sua alegria eram os oásis que pontilhavam as areias com o verde das palmeiras e o frescor das fontes. Foi num desses oásis que Mélek-hor construiu o seu palácio com enormes blocos de pedra branca na forma de uma pirâmide. Pirâmides, como se sabe, são figuras mágicas que garantem a imortalidade.A aridez e solidão da vida do deserto não o incomodavam. Na verdade, ele as considerava desafios para o corpo e para a alma. Mas havia uma coisa que o fazia sofrer: uma melancolia indefinível que sentia ao contemplar os horizontes ondulados de areia que o sol poente pintava de vermelho.O rei convidou seus amigos para um jantar e lhes falou sobre a sua melancolia. E eles lhe disseram: “É compreensível. Nosso país é muito árido. O que lhe falta, ó rei, são os prazeres da vida. Os prazeres o farão sorrir.“ Mélek-hor, então, importou prazeres de todas as partes do mundo: vinhos, frutas, iguarias, músicos, artistas, mulheres lindas... Por anos ele se dedicou aos prazeres que há. Nisso ninguém o excedeu. Mas os prazeres não lhe trouxeram alegria. E ele, já velho rezava em silêncio: “Não quero prazeres; quero alegria, quero alegria...“.A luz da madrugada anunciava que a noite chegava ao fim. O rei, do alto da sua pirâmide, tomava uma taça de vinho. Era hábito seu contemplar o sol nascente: isso sempre lhe dera prazer. Mas o prazer da beleza sempre lhe vinha misturado com tristeza. Mas, desta vez, não sentiu tristeza. Espantou-se ao perceber que estava alegre. E a alegria lhe vinha de uma nova estrela nunca vista que brilhava no céu. E – curioso! - ao contemplar a estrela ele ouvia uma melodia que o enchia de felicidade. Mélek-hor sorriu então pela primeira vez. Deslumbrado, mandou vir seus amigos. Apontou-lhes a estrela, falou-lhes sobre a música. Mas eles, olhando para os céus, não viram a estrela e nem ouviram a música. Amigos que eram, disseram ao rei: “Querido Mélek-hor, nosso rei amado: não há estrela, não há música. Tua mente já não percebe as coisas da terra. Ela navega nas águas do grande rio, na direção da terceira margem... Choramos porque sabemos que estás de partida...“. E tristemente se retiraram, entoando um silencioso requiem. Mas o rei, indiferente às palavras dos amigos, mandou preparar os camelos para uma viagem na direção da estrela.Gaspar, vindo do norte, no seu navio, Balt-hazar, vindo do sul, em seu cavalo, Mélek-hor, vindo do oeste, em seu camelo: três reis que não se conheciam. Agora, cada um do seu lugar, começava uma viagem na direção de uma estrela que só eles viam e de uma música que só eles ouviam.Gaspar navegava em seu navio. Mas uma tempestade o arremessou contra recifes, despedaçando-o. O rei, lançado à terra pela força das ondas, continuou a pé a sua jornada: o navegador se transformou em andarilho. E aconteceu que, depois de muito andar, chegou a uma encruzilhada para onde convergiam os quatro caminhos do mundo: o caminho que vinha do norte, o que vinha do sul, o que vinha do oeste e o quarto, que conduzia ao oriente, onde estava a estrela. Foi na estalagem Os quatro caminhos do mundo que os três reis viajantes se encontraram. Descobriram, então, que eram irmãos: todos vinham da mesma nostalgia, todos caminhavam em busca da mesma alegria.Continuaram, então, juntos, a jornada, até que, noite já chegada, chegaram a um vilarejo. “Que vilarejo será esse?“, perguntaram. Beth-léhem: esse era o seu nome, gravado numa pedra. “Que estranho“, disse Gaspar, “aprendi tudo o que há para ser aprendido sobre reinos, províncias, cidades e vilas. Mas nunca vi esse nome em qualquer um dos livros que li“. Balt-hazar acendeu sua lâmpada de azeite e iluminou, com sua luz bruxoleante, o mapa que abrira sobre o chão. “Aqui está ela“, ele disse marcando com o seu dedo um lugar no mapa.. “Beth-léhem. Fica precisamente na divisa entre dois grande reinos. À esquerda está o Reino da Fantasia. À direita está o Reino da Realidade. São reinos perigosos. Quem mora só no Reino da Fantasia fica louco. Quem mora só no Reino da Realidade fica louco. Para se fugir da loucura há de se ficar transitando de um para todo, o tempo todo. Somente os moradores de Beth-léhem estão livres da necessidade de estar, o tempo todo, indo de um reino para outro. Porque Beth-léhem fica bem na divisa...“.No vilarejo todos dormiam. Era uma noite de paz. O ar estava perfumado com flores de jasmim e magnólia. E havia um brilho no ar – milhares, milhões de vaga-lumes estavam pousados sobre as árvores. No ar, o som de uma flauta de pastor...A estrela iluminava uma gruta. Os reis se aproximaram. Na gruta havia vacas, cavalos, burros, ovelhas. Era uma estrebaria. Mas, junto com os animais, uma pequena família: um jovem e uma jovem que amamentava um nenezinho recém-nascido. Era só isso. Nada mais.Perceberam que haviam se enganado: não era a estrela que iluminava a cena. Era o nenezinho que iluminava a estrela. E olhando bem para ela puderam ver, nela refletido como num espelho, o rosto da criancinha. E disseram: “O universo é um berço onde uma criança dorme!“.Aí uma coisa estranha aconteceu: ao olhar para o nenezinho os reis perdiam a sua compostura real; eram dominados por uma vontade incontrolável de rir. E quando riam, ficavam leves e começavam a flutuar. Era assim: quem visse o menino se transformava em anjo...Os reis, em meio aos risos e vôos, olharam cada um para o outro e disseram: “Nossa busca chegou ao fim. Encontramos a alegria. Para se ter alegria é preciso voltar a ser criança...“. Ato contínuo tomaram suas coroas, capas de veludo, dinheiro, ouro, jóias – coisas de adulto - e as depuseram no chão, ao lado das vacas e dos burros... Eram pesadas demais. E partiram leves, ora andando, ora pulando, ora voando, mas sempre rindo.“Vou mudar de vida“, disse Gaspar. “É horrível ter de estar estudando ciência o tempo todo. Vou me transformar em poeta...““Eu também vou mudar de vida“, disse Balt-hazar. “É horrível estar rezando o tempo todo. Vou ser palhaço. O riso é o início da oração.“Ao que Mélek-hor acrescentou: “E eu descobri o prazer supremo, que vem sempre acompanhado de alegria: brincar. Vou ser um fabricante de brinquedos. Quem brinca volta a ser criança. E quem volta a ser criança está de volta no Paraíso.“.E assim partiram, cada um por num caminho. E se você, nas suas andanças, se encontrar com um poeta, um palhaço ou um fabricante de brinquedos, pergunte se ele não tem notícias de uns três reis...

(Transparências da eternidade, Verus, 2002)


in A Casa de Rubem Alves

Em homenagem ao Dia do Astrólogo 6/01

2009 - Ano Internacional das Fibras Naturais

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2009 - Ano Internacional das Fibras Naturais

A produção de uma grande diversidade de fibras naturais produzidas em muitos países tornou-se fonte de renda importante para muitos produtores, que, assim, possuem um papel importante na provisão de segurança alimentar, na erradicação da pobreza e na contribuição para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.


A resolução convida a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) a coordenar o Ano em colaboração com Estados, organizações regionais, internacionais e não-governamentais, setor privado e agências do Sistema das Nações Unidas.



A Assembléia encoraja todos os Estados, as agências do Sistema das Nações Unidas e todos os demais atores a promover o Ano visando aumentar a conscientização da importância dos produtos naturais, além de convidar todos a realizarem contribuições voluntárias e a darem apoio ao Ano Internacional das Fibras Naturais.


Resolução 6/189 das Nações Unidas (várias línguas)
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO)
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio


Fonte : Unesco Brasil

2009 Ano Internacional da Astronomia


Ano Internacional da Astronomia será celebrado em 2009


O ano de 2009 celebrará a astronomia e suas contrições para a sociedade e a cultura globais. Destacará os méritos da ciência e seus métodos. As Nações Unidas elegeram 2009 o Ano Internacional da Astronomia (IYA 2009), e designou a UNESCO a agência líder nas comemorações. A União Astronômica Internacional (IAU) atuará na implementação das atividades desta celebração mundial.


Com o tema "O Universo a ser descoberto por você", o Ano quer estimular o interesse, especialmente junto ao público jovem, nos temas da astronomia e ciência. Até agora 99 nações e 14 organizações já decidiram contribuir com o IYA 2009.


O Centro do Patrimônio Mundial da UNESCO, em cooperação com a União Astronômica Internacional, dará prosseguimento à iniciativa "Astronomia e Patrimônio Mundial", lançada em 2003, cujo objetivo é promover a nomeação de patrimônios culturais ligados à astronomia.



Leia mais em inglês.

Mais informações sobre o Ano Internacional da Astronomia 2009, em inglês, no site http://www.astronomy2009.org/

Mais informações sobre Astronomia e Patrimônio Mundial, em inglês:
http://whc.unesco.org/en/activities/19

Fonte : Unesco

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Feliz Natal e Ano Novo Próspero !!!
Com Saúde, Fé Confiança ... e Sorte Sempre !!!
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A Carta da Terra




A Carta da Terra
Um desafio para o Terceiro milênio



Se olharmos para o céu atentamente em uma noite de lua minguante, longe das luzes artificiais dos grandes centros urbanos, poderemos identificar no espaço infinito uma miríade de corpos celestes que estão distribuídos por cerca de um bilhão de galáxias, cada galáxia com bilhões de astros.

A fantástica e deslumbrante visão proporcionada pela natureza teve origem na grande explosão de um único corpo celeste, formando o universo que conhecemos e que, segundo os estudiosos, continua em expansão.



O grande espaço universal ocupado pelos corpos celestes é medido por distâncias em anos-luz, tornando tudo ainda mais gigantesco, com proporções inimagináveis que continuamente despertam na humanidade o desejo de decifrar a origem e a totalidade do universo e da vida.


As mesmas dimensões do universo que provocam na humanidade um desejo pelo seu conhecimento que nunca finda, também servem para demonstrar o quanto o fenômeno da vida é raro. Até onde sabemos, dentro da infinitude espacial, somente no minúsculo corpo celeste chamado terra a vida se fez, e com uma diversidade que nos fascina e encanta. Foi necessário que o caudaloso rio do tempo transcorresse para que as condições adversas da grande explosão abrandassem e longos processos sucessivos de acomodações e evoluções tivessem início e fim, continuamente, para que condições invulgares e de delicada textura tornassem possível o milagre da vida na Ecosfera, a fina camada que recobre o corpo da terra.




O Todo Está Inteiro em Cada Parte


Eu sou tantos
E sou tão
dividido
Que já não
Sei dizer
Quantos são
Os sujeitos
Que estão
Nos vários
Deste vão
Nesta equação
Ser eu sou
Mas os outros seres
Também são
Todos os seres
Que fazem parte
Desta totalização
Cada ser é uma parte
Uma centelha da luz
Um raio de sol da tarde
Uma estrela que reluz
Anjo sem fazer alarde
Filho do Pai de Jesus
Cada parte é um inteiro
Um universo em miniatura
Um microcosmo em si mesmo
Co-criador e criatura
Parte inteira que é inscrita
Na união infinita
Poeira de estrela antiga
Das galáxias ancestrais
Adeenes espirais
Memória da própria vida
Ligada a tudo que exista
Na unidade do universo
Criação do Criador
Que Tudo criou com Amor
E que mostra sua Arte
No Belo que é Cada Parte!



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Cora Coralina



Não sei se a vida é curta ou longa de mais para nós,
mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
Se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser :
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa do outro mundo,
é o que dá Sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta,
Nem Longa demais,
Mas que seja intensa e verdadeira, pura...
Enquanto durar.
Feliz daquele que transfere o que sabe
e aprende o que ensina.

Cora Coralina

Antes de Nós




Antes de Nós
Antes de nós nos mesmos arvoredos

Passou o vento, quando havia vento,

E as folhas não falavam

De outro modo do que hoje.

Passamos e agitamo-nos debalde.

Não fazemos mais ruído no que existe

Do que as folhas das árvores

Ou os passos do vento.

Tentemos pois com abandono assíduo

Entregar nosso esforço à Natureza

E não querer mais vida

Que a das árvores verdes.

Inutilmente parecemos grandes.

Salvo nós nada pelo mundo fora

Nos saúda a grandeza

Nem sem querer nos serve.

Se aqui, à beira-mar, o meu indício

Na areia o mar com ondas três o apaga,

Que fará na alta praia

Em que o mar é o Tempo?
Ricardo Reis

Mandamentos dos Nativos Americanos

Mandamentos dos nativos americanos

Trate a Terra e tudo o que nela habita com respeito.
Permaneça ligado ao Grande Espírito.
Mostre grande respeito pelos seres que são seus companheiros.
Trabalhem juntos para o benefício de toda a Humanidade.
Dê assistência e bondade onde quer que seja necessário.
Faça o que você sabe que é certo.
Cuide do bem estar de sua mente e de seu corpo.
Dedique uma parte de seus esforços para o bem maior.
Seja sempre verdadeiro e honesto.
Assuma responsabilidade por todas as suas ações.

História de uma folha

*

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Era uma vez uma folha, que crescera muito. A parte intermediária era larga e forte, as cinco pontas eram firmes e afiladas.
Surgira na primavera, como um pequeno broto num galho grande, perto do topo de uma árvore alta.
A folha estava cercada por centenas de outras folhas, iguais a ela. Ou pelo menos assim parecia.
Mas não demorou muito para que descobrisse que não havia duas folhas iguais, apesar de estarem na mesma árvore. Alfredo era a folha mais próxima. Mário era a folha à sua direita. Clara era a linda folha por cima. Todos haviam crescido juntos. Aprenderam a dançar à brisa da primavera, a se esquentar indolentemente ao sol do verão, a se lavar na chuva fresca.
Mas Daniel era seu melhor amigo. Era a folha maior no galho e parecia que lá estava antes de qualquer outra. A folha achava que Daniel era também o mais sábio. Foi Daniel quem lhe contou que eram parte de uma árvore, foi Daniel quem explicou que estavam crescendo num parque publico.
Foi Daniel quem revelou que a árvore tinha raízes fortes escondidas na terra lá embaixo.
Foi Daniel quem falou dos passarinhos que vinham pousar no galho e cantar pela manhã. Foi Daniel quem contou sobre o sol, a lua, as estrelas e as estações.
Fred adorava ser uma folha.
Amava o seu galho, os amigos, o seu lugar bem alto no céu, o vento que o sacudia, os raios do sol que o esquentavam, a lua que o cobria de sombras suaves.
O verão fora excepcionalmente ameno. Os dias quentes e compridos eram agradáveis, as noites suaves eram serenas e povoadas por sonhos.
Muitas pessoas foram ao parque naquele verão. Se sentavam sob as árvores. Daniel contou à folha que proporcionar sombra era um dos propósitos das árvores.
O que é um propósito? — perguntou a folha.

Uma razão para existir — respondeu Daniel. — Tornar as coisas mais agradáveis para os outros é uma razão para existir.
Proporcionar sombra para os velhinhos que procuram escapar do calor de suas casas é uma razão para existir.
Oferecer um lugar fresco onde as crianças possam brincar. Abanar com as nossas folhas as pessoas que vêm fazer piqueniques, com suas toalhas quadriculadas. Tudo isso são razões para existir.
A folha tinha um encanto todo especial pelos velhinhos. Sentavam em silêncio na relva fresca, mal se mexiam. E quando conversavam era aos sussurros, sobre os tempos passados.
As crianças também eram divertidas, embora às vezes abrissem buracos na casca da árvore ou nela esculpissem seus nomes. Mesmo assim, era divertido observar as crianças.
Mas o verão da folha não demorou a passar.
E chegou ao fim numa noite de outubro. A folha nunca sentira tanto frio. Todas as outras folhas estremeceram com o frio. Ficaram todas cobertas por uma camada fina de branco, que num instante se derreteu e deixou-as encharcadas de orvalho, faiscando ao sol.
Mais uma vez, foi Daniel quem explicou que haviam experimentado a primeira geada, o sinal de que era outono e que o inverno viria em breve.
Quase que imediatamente, toda a árvore, mais do que isso, todo o parque, se transformou num esplendor de cores. Quase não restava qualquer folha verde.
Alfredo se tornou de um amarelo intenso. Mário adquiriu um laranja brilhante. Clara virou um vermelho ardente. Daniel estava púrpura. E a folha ficou vermelha, dourada e azul. Todos estavam lindos. A folha e seus amigos converteram a árvore num arco-íris.
Por que ficamos com cores diferentes, se estamos na mesma árvore? — perguntou a folha.


Cada um de nós é diferente.
Tivemos experiências diferentes. Recebemos o sol de maneira diferente. Projetamos a sombra de maneira diferente. Por que então não teríamos cores diferentes?
Foi Daniel, como sempre, quem falou. E Daniel contou ainda que aquela estação maravilhosa se chamava outono.
E um dia aconteceu uma coisa muito estranha. A mesma brisa que, no passado, os fazia dançar começou a empurrar e puxar suas hastes, quase como se estivesse zangada. Isso fez com que algumas folhas fossem arrancadas de seus galhos e levadas pela brisa, reviradas pelo ar, antes de caírem suavemente ao solo.
Todas as folhas ficaram assustadas.
— o que está acontecendo? — perguntaram umas às outras, aos sussurros.


— É isso o que acontece no outono — explicou Daniel. — é o momento em que as folhas mudam de casa. Algumas pessoas chamam a isso de morrer.
— E todos nós vamos morrer? — perguntou a folha.
— Vamos, sim, respondeu Daniel. — Tudo morre. Grande ou pequeno, fraco ou forte, tudo morre. Primeiro, cumprimos a nossa missão. Experimentamos o sol e a lua, o vento e a chuva.


— Aprendemos a dançar e a rir.
— E, depois, morremos.
— Eu não vou morrer! — exclamou a folha, com determinação. — Você vai, Daniel


— Vou, sim... quando chegar meu momento.
— E quando será isso?
— Ninguém sabe com certeza — respondeu Daniel.
A folha notou que outras folhas continuavam a cair. E pensou: “Deve ser o momento delas.” Ela viu que algumas folhas reagiam ao vento, outras simplesmente se entregavam e caíam suavemente.
Não demorou muito para que a árvore estivesse quase despida.
— Tenho medo de morrer — disse a folha a Daniel. — Não sei o que tem lá embaixo


— Todos temos medo do que não conhecemos. Isso é natural — disse Daniel para animá-la. — Mas você não teve medo quando a primavera se transformou em verão. E também não teve medo quando o verão se transformou em outono. Eram mudanças naturais. Por que deveria estar com medo da estação da morte

— A árvore também morre? — perguntou a folha.

— Algum dia vai morrer. Mas há uma coisa que é mais forte do que a árvore. E a Vida. Dura eternamente e somos todos uma parte da Vida.
— Para onde vamos quando morremos?
— Ninguém sabe com certeza.
É o grande mistério.
— Voltaremos na primavera?
— Talvez não. Mas a Vida voltará.


- Então qual é a razão para tudo isso? — insistiu a folha.
— Por que viemos para cá, se no fim teríamos de cair e morrer?
Daniel respondeu no seu jeito calmo de sempre.
— Pelo sol e pela lua. Pelos tempos felizes que passamos juntos. Pela sombra, pelos velhinhos, pelas crianças. Pelas cores no outono.
Pelas estações. Não é razão suficiente?
Ao final daquela tarde, na claridade dourada do crepúsculo, Daniel se foi. E caiu a flutuar.
— Adeus por enquanto — disse ele à folha.
E, depois, a folha ficou sozinha, a única que restava em seu galho.
A primeira neve caiu na manhã seguinte, era macia, branca e suave. Mas era muito fria. Quase não houve sol naquele dia ... e foi um dia muito curto. A folha se descobriu a perder a cor, a ficar cada vez mais frágil. Havia sempre frio e a neve pesava sobre ela.
E quando amanheceu veio vento que arrancou a folha de seu galho.
Não doeu. Ela sentiu que flutuava no ar, muito serena.
E, enquanto caía, ela viu a árvore inteira pela primeira vez.
Como era forte e firme! Teve certeza de que a árvore viveria por muito tempo, compreendeu que fora parte de sua vida. E isso deixou-a orgulhosa.
A folha pousou num monte de neve. Estava macio, até mesmo aconchegante. Naquela nova posição, a folha estava mais confortável do que jamais se sentira. Ela fechou os olhos e adormeceu. Não sabia que a primavera se seguiria ao inverno, que a neve se derreteria e viraria água. Não sabia que a folha que fora, seca e aparentemente inútil: se juntaria com a água e serviria para tornar a árvore mais forte. E, principalmente, não sabia que ali, na árvore e no solo, já havia planos para novas folhas na primavera.



HISTÓRIA DE UMA FOLHA, uma fábula para todas as idades.
Leo Buscaglia Ed. Record - 1982

Mudanças Climáticas




Longe dos holofotes da mídia, um debate crucial está acontecendo na Reunião da ONU sobre Mudanças Climáticas na Polônia e no Encontro da União Européia em Bruxelas e um acordo climático global depende do resultado das negociações desta semana!

Os governantes da Alemanha, Itália e Polônia estão usando a crise econômica como desculpa para enfraquecer o seu compromisso com o clima, cedendo ao lobby das grandes indústrias poluidoras. Se os líderes destes três países não mudarem seu posicionamento não haverá um acordo entre os países europeus, e conseqüentemente todo o processo global estará em risco. Precisamos erguer nossas vozes e mostrar que as proteções ambientais podem favorecer, e não competir, com o desenvolvimento.

Os membros da Avaaz conseguiram agendar reuniões com os negociadores em Bruxelas e Polônia. Portanto estaremos entregando a nossa petição global diretamente para os representantes de países chave.

Para termos um impacto precisamos de um grande número de assinaturas por isso clique abaixo para assinar a petição e depois encaminhe este alerta para os seus amigos.

http://www.avaaz.org/po/europe_climate_crunch_time

Ano passado os EUA, Canadá e Japão foram os negociadores mais irresponsáveis nos encontros climáticos internacionais e nós tivemos um impacto quando mais de 300.000 apoiadores da Avaaz se manifestaram. Mas agora o Bush, Fukuda e Harper, já saíram ou estão saindo do poder, e o peso da decisão caiu sobre a Europa. Para conseguirmos um acordo climático satisfatório precisamos que a Europa assuma os seguintes compromissos: reduzir em 30% as emissões de carbono até 2020 se um acordo climático for alcançado, leiloar 100% das permissões dentro do seu Sistema de Comércio de Emissões, e instalar mecanismos rígidos para garantir que as metas de redução de emissão sejam cumpridas.

Estamos presentes na Polônia e em Bruxelas de várias formas: nos reunimos com as delegações de vários países, encomendamos pesquisas de opinião, organizamos uma manifestação na Varsóvia, apresentamos o "Prêmio Fóssil" para os piores países das negociações e enviamos notas diárias para a imprensa. Porém, a nossa arma mais forte é a petição global com 150.000 assinaturas. Com ela podemos mostrar para as lideranças presentes que o mundo exige deles um compromisso forte com o clima.

Vamos entregar a petição ainda esta semana e precisaremos de mais que 150.000 assinaturas por isso assine a petição agora mesmo no link abaixo:

http://www.avaaz.org/po/europe_climate_crunch_time

Para todos nós que nos preocupamos com as mudanças climáticas, esta é a hora de demandar uma liderança séria.

Até o Ano Novo a Europa já terá uma política climática estabelecida, e levará com ela a esperança, ou decepção, do acordo climático por vir.O compromisso com as mudanças climáticas depende de negociações que estão acontecendo agora mesmo.

Chegou a hora de aumentar a pressão sobre as lideranças européias!

Levaremos o seu nome para Polônia e Bruxelas

Assine a petição

http://www.avaaz.org/po/europe_climate_crunch_time/?cl=156614680&am...

Leia mais sobre o assunto:

Semana decisiva para a conferência da ONU sobre a mudança climática:

http://http//g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL914225-5602,00-SEMANA+DECI...

Nova conferência do clima é crucial para obtenção de acordo em 2009:

http://http//txt.estado.com.br/editorias/2008/11/30/ger-1.93.7.20081130.1...



POR FAVOR, REPASSEM A SEUS AMIGOS

POR E-MAIL, BLOGS, SITES DE RELACIONAMENTOS

VAMOS FAZER A NOSSA PARTE

Declaração Universal do Bem Estar Animal

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Se você quiser conhecer mais sobre resgate de animais

visite: Animal Rescue Blog



Participe e divulge o abaixo-assinado pela Declaração Universal de Bem-Estar Animal - DUBEA

visite : WSPA

Earth Intruders



Björk -

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"Se os homens voltassem mais a mente ao que a Natureza está a lhes mostrar, seguindo-a, melhor seria toda gente"


Dante Alighieri - Paraíso, VIII, 142-144

Diamante Interno : O Despertar da Consciência



DIAMANTE INTERNO:


O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA
Texto de Eliane Potiguara


Toda a Humanidade em sua maioria e no seu mais profundo momento íntimo busca o despertar da consciência humana. Nos seus momentos de silêncio e reflexão, por mais alienada que seja, a sociedade certamente busca o resgate de algo que se perdeu no nosso passado histórico. Há milhões e milhões de anos, seres humanos buscam dignidade de vida enfrentando poderes, não só ocultos, mas poderes culturais e sócio-econômicos. Não quero entrar na discussão do porquê de tudo isso, porque entraria em filosofias, correntes, divergências, processos históricos, etc. Quero apenas enfatizar que o ser humano é um eterno buscador. Ele busca a alegria, a felicidade, a paz, melhores condições de vida para si e seus semelhantes.

A maneira que a humanidade encontrou para resistir às adversidades da vida e encontrar as respostas para aquilo que perdeu ou esqueceu é através da religiosidade, da espiritualidade, da concentração e dos estudos, na busca do conhecimento contra a ignorância imposta, subliminarmente forjada pelo Poder. Nesse sentido, aquele que procura, depara-se com o fenômeno do despertar da consciência.

"Séculos e séculos se passaram e centenas de representações religiosas ou espirituais foram criadas de acordo com a cultura e cosmovisão de cada povo, de cada etnia, principalmente de acordo com os padrões sócio-econômicos da cada um. Imagens, cerimônias, mitologias, liturgias, símbolos, tambores, chocalhos e atabaques são conseqüências das criações, não fazem mal a ninguém. São expressões da arte na religiosidade e na espiritualidade. O que faz mal é a pretensão de querer ser melhor do que os outros ou ser o dono da razão, quando existe uma grande diversidade de pensamentos entre a humanidade", escrevi num texto sobre "intolerância interseccional", publicado na Agência de Imprensa Indígena (AIPIN), (México, 2005).

Lamentavelmente, algumas correntes religiosas associadas ao grande capital, no passado, buscaram a hegemonia, desconsiderando, a partir de seus próprios juízos de valor morais, éticos e filosóficos, a fé dos povos que subjugavam. Cada vez que povos ou etnias sentiam-se rejeitados, subjugados, racializados, mais crescia a sua fé e suas crenças através da liderança do pajé ou ialorixá/ babalorixá, no caso dos povos indígenas das Américas e da África respectivamente - povos resistentes que praticavam a conexão do homem com o sagrado. Cada vez mais fortaleciam suas culturas, tradições e cosmovisão. Assim foi a história dos povos aborígines, dos povos indígenas, dos povos nativos dos grandes continentes até hoje. Por isso a resistência indígena é forte no planeta Terra. Há de se ouvir a voz indígena!

O capital dividiu povos ricos e pobres e fracionou as mentalidades. Baseados em culturas particulares surgiram centenas de líderes religiosos e espirituais, como, por exemplo, Maomé, Buda, Jesus Cristo, Oxalá e Krishna, todos pregando a mesma filosofia através dos tempos. Todos são atrelados à Poderosa Força Cósmica, ao Criador, ao Grande Espírito e ao Cristo Cósmico, ao Buda Cósmico ou a Oxalá, dependendo de cada cultura ou vertente. Tudo isto representa uma grande riqueza espiritual! É preciso enxergar a unidade na diversidade.

O xamanismo é um termo que designa a filosofia de estar em viagem entre mundos mentais, físicos, espirituais, psicológicos. Não é uma religião. É uma forma de estar na vida e no Planeta. Povos contestadores das religiões impostas adaptaram-se a esse estar no mundo, ao longo do tempo. Antigos povos já praticavam essa filosofia. Na modernidade, seres conscientes adquiriram o sentimento de amor pela Mãe-Terra e entenderam que era necessária a prática da conservação do Planeta Terra - daí todo "ser xamânico" ser holístico. Aqueles que verdadeiramente estiverem dentro desses padrões, são Visionários. Os que mentem ou comercializam a fé, não permanecerão.

Povos indígenas, afeiçoados à sua cultura, tradições, educação, saúde e espiritualidades diferenciadas fortaleceram sua cosmovisão diante do mundo e mostraram sua defesa publicamente, através dos movimentos organizados, nos planos nacional e internacional. A exemplo disso, cita-se a defesa da cultura através da legislação específica que foi criada dentro das Nações Unidas, com o Grupo de Trabalho sobre Povos Indígenas, que trabalhou vinte anos para produzir a Declaração Universal dos Povos Indígenas.

No Brasil, centenas de organizações indígenas buscam o mesmo objetivo: a defesa do conhecimento ancestral, do patrimônio cultural.

Cito aqui um pequeno texto de uma carta elaborada por um conjunto de pajés em 2004:

(...)"Tendo em consideração a necessária defesa do direito de nossos povos diante dos processos de apropriação destes saberes e visões próprias, herdadas de nossos ancestrais, insiste na afirmação de princípios fundamentais à dignidade dos povos, pressupondo o respeito à livre e esclarecida decisão quanto ao acesso e uso do acervo de conhecimentos que envolvem a sensível e frágil Teia da Vida, que em nossas culturas ainda se constitui no verdadeiro patrimônio da humanidade, não podendo estar disponível para os usos e acessos previstos nas discussões entre governos (OMC, OMPI) e representantes das empresas no amplo processo de negociação das partes acerca dos recursos genéticos, conhecimentos tradicionais e patrimônios culturais dos povos indígenas".O patrimônio dos povos indígenas não está disponível para usos e acessos.

O povo brasileiro é um povo muito místico. É intuitivo, importa-se com os sonhos. É religioso. Traz no seu interior a herança dos povos indígenas, povos negros, povos amarelos, povos brancos - como se vê na nossa diversidade de religiões e espiritualidades.

O bonito é o respeito entre crenças, fés e doutrinas. O xamanismo e a pajelança são vertentes diferentes, por isso xamã é xamã e pajé é pajé, assim como o padre é padre e o pastor ou pai ou mãe de santo são eles mesmos. Cada um tem seu tempo de trabalho e formação próprios e específicos. O intercâmbio é maravilhoso e o ecumenismo deveria ser mais ativo no Brasil!

Nas tradições indígenas, o pajé é a expressão máxima representada, em forma humana, da espiritualidade e da cura. Seu dom é nato, porque é passado de geração para a geração. Nenhum pajé faz curso para ser pajé, ele adquire conhecimentos através da ancestralidade tribal, e desde a sua infância, ao ver seus avós e bisavós praticarem curas e rezas pelo bem da comunidade. O pajé é um ser totalmente desprovido de valores materiais. É um visionário nato. Seu maior bem é o dom ofertado com honras pelo Criador. Ele está sempre em conexão com o mundo atemporal, com atitudes concentradas e observadoras. O pajé é um sábio e está sempre disponível para atender o seu povo, doando sua cura de forma "solidária". Não há uma relação capitalista entre pajé e doente, entre o pajé e a comunidade. O pajé e sua pajelança representam, na realidade, a maior expressão nata dos conhecimentos tradicionais, a propriedade intelectual indígena, mesmo que ele não tenha conhecimentos científicos para compreender a defesa dos seus direitos indígenas. Por outro lado, cada pajé pertence a uma etnia específica indígena provida de valores, costumes, crenças específicas. Um pajé de uma certa etnia pode agir de forma distinta de um pajé de outra etnia. O pajé pode ter, se quiser, uma relação capitalista com indivíduos urbanos, pois o seu ofício equivale ao de um médico entre nós.

Nas tradições africanas, é o ialorixá ou babalorixá que representa estes conhecimentos. É ele quem mantém a resistência viva. O pajé, o xamã, os ialorixás, os babalorixás, os padres e os sacerdotes despertam a nossa consciência, nos fazem lembrar que somos todos iguais.

O que nós humanos estamos precisando lembrar, no fundo de nossos corações, no fundo de nossos neurônios adormecidos e no fundo de nossa alma primeira, é deste bem precioso, um diamante que perdemos ou esquecemos, um passaporte ético para a verdadeira Nova Era. Esse é o esforço que temos que fazer para resgatar essa memória ancestral perdida através de milhões e milhões de anos - somente assim o sofrimento e as diferenças não existirão mais entre nós, seres terráqueos.

Para isso, é necessário que os espíritos da Inteligência, da Humildade, da Fraternidade, da Fé, do Amor Universal, da Justiça, da Força e da Paz - atrelados à grande Mente Ancestral (O grande espírito, o Criador) que está dentro de nós - sejam trabalhados em todos os corações através da observação, da concentração, do estudo e da aplicação desses bens divinos à Humanidade.

Esses espíritos em cada cultura podem ser representados de formas diferentes como, por exemplo: na forma entes da natureza (aves, peixes, mamíferos); terra, água, ar, fogo; pontos cardeais (norte, sul, leste, oeste); planetas e manifestações da natureza, como a lua, o sol, as estrelas, o trovão, os raios, as tempestades, os maremotos, os rios, as cascatas, as cachoeiras, os mares, as chuvas; os mensageiros de Deus, os anjos, os arcanjos e os santos. Enfim, uma gama elementos da própria natureza. O importante é a essência, não a forma! Respeitemos a cultura de cada povo e suas representações simbólicas, porque tudo é muito lindo e abençoado é aquele que compreende essa riqueza de expressão e sentimentos.

Texto de Eliane Potiguara
http://www.elianepotiguara.org.br/

ONE post pela Paz

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22/09 Dia Mundial sem Carro

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Dia 22 de setembro
Marquem a data, divulguem, contem para todo mundo.

Este dia - e, faço votos, sempre que for possível - os carros ficarão na garagem.

É o Dia Mundial Sem Carro.
Um dia para conhecer a sua cidade de outros ângulos: do topo dos ônibus, da profundidade dos metrôs, com a graça dos trens, o sussurrar do vento da bicicleta, o velho e bom caminhar pelas calçadas.

fonte - blog Faça a sua Parte

Um Post pela PAZ










21 Setembro, um apelo à blogosfera
e / ou possuidores de páginas electrónicas
e a todos os que contribuem para o crescimento da Paz:



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neste Dia Mundial da Paz.


Um desafio virtual com efeitos reais


O Mudar o Mundo decidiu associar-se a este evento através da iniciativa Posts pela Paz. Esta consiste em desafiar cada blogger a publicar nesse dia um post sobre o tema. Pode ser uma reflexão ensaística, um poema, uma fotografia, uma música, um vídeo, tudo o que a imaginação e a Internet permitirem, desde que a mensagem transmitida remeta para um ideal de paz.
Deste lado, comprometemo-nos a ser um ponto de partida para essas várias reflexões e, numa parceria com a Biosani, a entregar a instituições que dele necessitem um Pão Moinhos Vivos por cada post que adira à iniciativa. Assim, além de passarmos a mensagem online, podemos fazer também uma pequena diferença no mundo real.



Faça também a diferença e publique um post pela paz!








Click nos Links acima para saber mais


Setembro é o mês do verde.

No dia 21, o Brasil comemora mais um Dia da Árvore.








Novo Apagão Mundial dia 17/09/2008


10 minutes de repit pour la planete
Vídeo enviado por monsieurcompote

Dia 17 de Setembro de 2008


O APAGÃO desta vez SERÁ de 10 Minutos

DE 21:50 A 22:00,

NA MESMA HORA LOCAL DE CADA PAÍS EM TODO O MUNDO.


On Wendesday, September 17, 2008, I invite people around the world to turn off their lights for ten minutes – from 9:50pm to 10:00pm in their local time zone.


Português:

Escuridão mundial: No dia 17 de Setembro de 2008 das 21:50 às 22:00 horas propõe-se apagar todas as luzes e se possível todos os aparelhos eléctricos, para o nosso planeta poder ‘respirar’.

Se a resposta for massiva, a poupança energética pode ser brutal. Só 10 minutos, para ver o que acontece. Sim, estaremos 10 minutos às escuras, podemos acender uma vela e simplesmente ficar a olhar para ela, estaremos a respirar nós e o planeta.

Lembrem-se que a união faz a força e a Internet pode ter muito poder e podemos mesmo fazer algo em grande.
Passe a notícia, se tiver amigos vivendo em outro países.


Antes de imprimir esta mensagem assegure-se de que é necessária!

Proteger o Meio-Ambiente está, também, na sua mão!

Fuso Horário Mundial


Um Pedido Especial

Segredos do Mar

Quando chega o verão, nós, humanos,
nos sentimos atraídos pelo mar.
Multidões se reúnem nas praias buscando um contato com as ondas que nos proporcionam prazer e descanso.
Porém, o caminhar do ser humano deixa sua trilha fatal nas areias da praia.
Milhões de sacolas de nylon e plásticos de todo o tipo
são largados na costa; o vento e as marés se encarregam
de arrastá-los para o mar.
Uma sacola de nylon pode navegar várias dezenas de anos sem se degradar.

As tartarugas marinhas confundem-nas com as medusas e as comem, afogando-se na tentativa de engoli-las.
Milhares de golfinhos também morrem afogados...
Eles não têm capacidade para reconhecer os lixos dos humanos, até porque, "tudo o que flutua no mar se come".A tampa plástica de uma garrafa, de maior consistência do que a sacola plástica, pode permanecer inalterada, navegando nas águas do mar por mais de um século.


O Dr. James Ludwig, que estava estudando a vida do albatroz na ilha de Midway,no Pacífico, a muitas milhas dos centros povoados,fez uma descoberta espantosa.
Quando começou a recolher o conteúdo do estômago de oito filhotes de albatrozes mortos, encontrou: 42 tampinhas plásticas de garrafa,18 acendedores e restos flutuantes que em sua maioria, eram pequenos pedaços de plásticos.
Esses filhotes haviam sido alimentados por seus pais que não conseguiram fazer distinção dos desperdícios no momento de escolher o alimento.


A próxima vez em que Você for à sua praia preferida, talvez encontre na areia
lixo que
outra pessoa
ali deixou


Não foi lixo deixado por Você,
porém,
é SUA PRAIA,
é o SEU MAR,
é o SEU MUNDO,
e Você deve fazer algo por ele.
Muitos pais jogam com seus filhos o jogo de: "vamos ver quem consegue juntar a maior quantidade de plásticos?"
como forma de uma inesquecível lição de ecologia.
Outros, em silêncio, recolhem um plástico abandonado e levam-no para suas casas, com restos do mar.


" Não se pode defender o que não se ama, e, não se pode amar o que não se conhece".
Instituto Pela Preservação e Utilização Racional da Água
Rua Miguel Tostes, nº 804 – Porto Alegre - RS - Brasil
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
OSCIP


NOTA
"Ajude-nos a divulgar essa mensagem.
Repassando para a sua lista de amigos,
você estará fazendo um grande favor à Natureza.
"
Este post foi gentilmente cedido
pela Amiga Astrid do Blog Navegante do Infinito